Baseado no livro de grande sucesso – escrito por Khaled Hosseini – o filme “O CAÇADOR DE PIPAS” traz um misto de emoção e leve revolta pela história de dois amigos passada no Afeganistão. Emoção pela trama que traz a possibilidade de redenção como tema principal e revolta por vermos mais detalhes da vida sofrida que levam as crianças daquele país.
Embora como a grande maioria das adaptações que omitem alguns trechos da obra original, o filme tem sido muito elogiado por manter a essência do livro que nos faz compreender e sentir todo o envolvimento da história sem problemas. Eu li os primeiros capítulos e confesso que senti falta de mais detalhes e uma narrativa sobre a amizade dos amigos que no livro é passada com muito mais informações. Eu achei que no filme essa fase da infância passa um pouco rápido. Mesmo assim, como no livro, o filme consegue mostrar o quanto os dois amigos são importantes um para o outro.
A história de uma amizade intensa que tem um fim triste pela traição de um deles é contada em tradições de uma cultura e uma dura realidade que pouco conhecemos, mas não está longe de nossa realidade. Muitas amizades não têem continuidade – a exemplo da covardia de Amir – por conta do abandono ou da falta de capacidade que muitas pessoas mostram em corresponder a seus devotados amigos. A cena forte que dá início ao drama mostra uma frase crucial para os dias de hoje: ” Hassan, será que seu amigo faria o que você faz agora por ele? ”
Bom livro e bom filme a todos! Esse vale a bilheteria cara e a pipoca de baldão!
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